A campanha política já começou na internet

"A Justiça Eleitoral é hipócrita”, afirmou Maurício Carvalho (foto), responsável pelo marketing político do candidato Geddel Vieira Lima (PMDB/BA) na disputa das eleições para o governo do estado da Bahia em 2010.

Para Maurício, a campanha política já está no ar. “Os blogs, sites e twitters são ferramentas de campanha”, enfatizou. De acordo com o publicitário, os políticos aproveitam a Internet para publicar suas realizações, opiniões, críticas, idéias e projetos.

Obama

Durante a explanação, Maurício lembrou que sua geração é da época da máquina Olivetti e que o glamour com o mundo digital na política começou com o presidente do EUA, Barack Obama.

Para ele, o marketing político on-line não vai "oferecer" resultados e sim poderá "fazer" resultados. “A internet ajuda o eleitor a raciocinar”, explicou. Carvalho acha que a internet isoladamente não garante a eleição de um candidato.

Perfil de candidato no Twitter deve ser registrado no TRE


A campanha eleitoral na internet já começou, desde o momento em que o político cria um perfil em redes sociais e/ou blogs pessoais. Por enquanto, o voto não é pedido explicitamete, porque isto só pode acontecer a partir de 5 de julho.

O político que criar um perfil ou página na internet, por exemplo um Twitter, precisa antes informar à Justiça Eleitoral, pois sabe-se que há vários perfis oficiosos na rede, que atrapalham a fiscalização sobre a propaganda antes do prazo.

O Twitter pode ser fundamental, porque escreve-se o que vem à mente, o sentimento do momento. Essa pode ser uma estratégia de fazer o eleitor se sentir próximo ao candidato e influenciar na hora da votação.

No Brasil, acredita-se que o impacto do uso do Twitter não será o mesmo obtido na eleição de Obama, nos Estados Unidos, devido à disparidade social que há entre ambos países.

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>> Candidatos ao governo já têm perfil no Twitter

O impresso pautado pela internet nas eleições 2010

O jornalista e editor de política do jornal A Tarde Flávio Oliveira (foto) falou sobre as implicações da internet na pauta do jornal impresso.

Segundo ele, muitas notícias que são veiculadas no jornal impresso são pautadas nas informações da internet e de sites de relacionamento. “O jornal precisa dar conta daquilo que está no twitter, no orkut e nos diversos sites disponíveis na internet”, disse.

Apesar de confirmar a contribuição da Internet como ferramenta, Oliveira ressalta que pautar um jornalista com base nas informações deste veículo pode ser um problema.“Existem muitas falhas nas postagens, porque as agências têm a necessidade de serem as pioneiras na divulgação de determinado assunto e às vezes fazem isso sem checar as informações”.

Agenda do cidadão

Para Flávio, o fato de os meios eletrônicos responderem às ansiedades dos usuários contribui nessa disputa pelo furo jornalístico, mas ele alerta para a necessidade de não esquecer a principal função do jornalista: “pautar-se principalmente na agenda do público”.

Segundo ele, o jornalista só consegue produzir boas matérias se sabe onde estão os problemas para questionar e exigir soluções dos candidatos. “Estamos muito próximos da cidadania e devemos usar essa influência para pautar a agenda do cidadão, forçando os políticos a resolverem os problemas existentes na comunidade”, afirma Flávio.



O jornalista realizou alguns questionamentos sobre a forma de controle das informações no novo meio digital. “Qual é o papel do jornal impresso, da TV, do rádio e agora da internet? A coisa não está clara”, alertou.

Para o editor, é importante que o Tribunal Regional Eleitoral deixe claro como serão realizadas as punições. “Não dá para utilizar os mesmos critérios de punição para Internet e para televisão. São meios diferentes e precisam ter punições distintas”, opinou.

Efeito das redes sociais ainda é um enigma

Cezaltina Lélis e Maurício Carvalho. Foto: Carolina Câmara

Depois do sucesso da campanha eleitoral de Barack Obama, que utilizou a internet como principal aliada, agora parece que a web também já está sendo pensada como estratégia dos candidatos ao governo da Bahia. Porém, a inserção da internet como facilitadora nas campanhas ainda é tímida.

Segundo o publicitário Maurício Carvalho, da Idéia 3, “houve uma glamurização da internet por conta do caso de Obama”, mas o acesso à rede no Brasil e na Bahia é de apenas 25% a 35% e, portanto, “não vai oferecer nunca um resultado tão fantástico quanto a campanha de Obama”, disse.

Orkut e Facebook

Segundo Carvalho, Orkut e Facebook, as redes sociais de mais sucesso no Brasil e no mundo, respectivamente, são importantes ferramentas para aproximar o candidato do eleitor. Geddel Vieira Lima, por exemplo, candidato a governador pelo PMDB, possui perfil no Orkut, onde se comunica com 631 amigos através de recados e comentários em fotos de suas campanhas.

O político também tem comunidades dedicadas a ele, e participa de uma com 701 membros, onde ele próprio criou um fórum para debater com os eleitores a segurança pública nas cidades e propostas de melhoria.

O PSOL, partido que terá como candidato Marcos Mendes, também vai investir no Orkut. Já os demais candidatos ao governo da Bahia não participam de Orkut e Facebook. Mas existem comunidades dedicadas a Jaques Wagner e a Paulo Souto (DEM) no Orkut.

Dúvidas

Para Flávio Oliveira, editor de eleições do jornal A Tarde, todo dia surge uma novidade e vira febre na internet, “é uma aposta muito grande dos candidatos, mas não se sabe ainda no que vai dar. Qual o papel da internet? As coisas não estão claras ainda”, completa.

O advogado especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim diz que a internet é um grande veículo, porém é preciso saber a camada social que ela vai atingir. “Não sabemos como ela será usada e como influenciará os eleitores”, opina.

Já na seara da campanha eleitoral antecipada, cada candidato pode abrir uma página na internet, mas oficialmente os candidatos só poderão pedir votos a partir do dia 5 de julho. E, segundo Ismerim, a multa é de R$ 21 mil por propaganda antecipada.

Hipocrisia

Mas, para Maurício Carvalho, a campanha da internet já começou. “Afinal de contas, o que é a campanha de internet? No momento que o candidato tem Facebook e Orkut, a campanha já está no ar", afirma.

Segundo ele, toda ação na internet tem uma inteligência de marketing por trás. “É uma hipocrisia, o que a gente vive, eles fingem que respeitam a lei”, completa.

Denúncias

De acordo com assessora de comunicação do TRE Cezaltina Lélis, a “legalidade da internet é muito árida ainda. É preciso a prática, as coisas acontecerem, pois qualquer um pode criar um perfil oficioso no Orkut para emitir opiniões".

Cezaltina destacou que “a justiça não pode acionar a si própria” e, portanto, basta qualquer cidadão comum denunciar. Ela pediu para a plateia do Café com Prosa: “por favor, ajudem a Justiça Eleitoral. Viu uma propaganda política no Orkut? Denuncie”.

Assessora do TRE pede a eleitores
que façam denúncias ao MP

A assessora de imprensa do TRE-BA Cezaltina Lellis (foto) esclareceu no debate do Café com Prosa algumas dúvidas referentes às eleições 2010 e às mídias sociais. De acordo com ela, a população deve ajudar o Ministério Público da sede do TRE com denúncias quando achar devidas.

“A população não tem iniciativa para acionar o MP. Para que a gente possa agir, é necessário que alguém provoque”, falou Cezaltina sobre as campanhas fora de época dos candidatos.

"TRE chega junto"

Apenas a partir do dia 5 de julho, os candidatos poderão realizar uma massiva campanha para as eleições. Antes disso, estará fora da lei. “Quando há campanha fora do período, o Tribunal chega junto e vai julgar”, ressaltou.

Outra questão abordada por Cezaltina Lellis foi a criação de sites dos candidatos. Segundo a assessora, os candidatos não podem fazer propaganda política em provedores de internet, como UOL, iG, G1.

Está permitida apenas a exposição em blogs, twitter e outros sites de relacionamento. Quando for liberada a campanha, os candidatos terão o direito de criar seus próprios portais com a terminação “.can.br” no endereço on-line.

Debate sobre internet nas eleições
lotou auditório da Faculdade Social

Estudantes, professores e convidados participaram da mesa redonda “Eleições, Novas Mídias e Redes Sociais”, que ocorreu no último dia 13 de abril, na Sala Maria Alice, no prédio central da Faculdade Social, em Ondina.

Com um público de aproximadamente 140 pessoas, o debate esclareceu aos participantes as regras de divulgação na campanha para as eleições de outubro.

O evento trouxe como convidados a jornalista e assessora de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Cezaltina Lélis, o publicitário Maurício Carvalho, da Idéia 3, o editor de eleições do jornal A Tarde Flávio Oliveira e o advogado e especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim, que classificou a internet como “um terreno ainda árido para se ter um posicionamento”.

Polêmica

Para os convidados, o uso das redes sociais pelos políticos brasileiros é influenciada pela campanha bem sucedida do presidente norte-americano Barack Obama.

Entretanto, o publicitário Maurício Carvalho diz que, no Brasil, a internet ainda tem um alcance pequeno se comparada ao rádio e a TV, porém seu papel não deixará de ser estratégico na divulgação dos candidatos.

O editor do jornal A Tarde, Flávio Oliveira, adiantou que a cobertura política do veículo durante as eleições 2010 vai perpassar pela Web, onde jornalistas seguirão os passos dos candidatos, em busca da notícia.

Crime

A menos de três meses do início da propaganda eleitoral, o debate girou em torno da antecipação das campanhas dos pré-candidatos aos cargos de presidente e governador.

A assessora do TRE destacou que a publicidade antecipada corresponde a crime eleitoral, que prevê a multa e até a impugnação da candidatura. Cezaltina ressaltou ainda que a população deve fiscalizar e denunciar as irregularidades ao Ministério Público, visto que o tribunal só age quando provocado pelo cidadão.

Voto consciente

Entusiasmado com a discussão, o estudante de jornalismo André Calmon, 37, declarou que o debate serviu de alerta para o exercício da cidadania. “A Internet é mais um meio para conhecer o candidato. O eleitor deve aproveitar esse espaço para ter um voto consciente, do qual não vá se arrepender depois”.

Satisfeita com o resultado do projeto, a professora Mônica Celestino, que organizou a edição do evento ao lado da professora Bárbara Souza, disse que a ideia foi abordar um tema transversal e de interesse da maioria, dada a proximidade do pleito.

Celestino ressaltou que “o debate deu caminho para que os alunos entendessem um pouco mais da cobertura política, abrindo portas para o conhecimento do tema”.

A próxima edição do Café com Prosa, que está em seu quarto ano, vai ocorrer em maio, durante a Semana Acadêmica, quando será abordada a cobertura da Copa do Mundo de Futebol.

Uso da Internet na campanha eleitoral esquenta debate no Café com Prosa


Um dos ramos do direito destinado ao estudo dos sistemas eleitorais e sua legislação, o direito eleitoral, teve destaque na última edição do Café com Prosa, que contou com a presença de um especialista no assunto, o advogado Ademir Ismerim (foto).

Ismerim trouxe um panorama geral sobre as implicações jurídicas para ser candidato, que envolvem a obrigatoriedade da filiação partidária e escolha dos representantes para a composição da chapa eleitoral, realizada pelos diretórios.

O período para homologação dos nomes pelos partidos vai de 1 a 30 de junho. Até 5 de julho as candidaturas devem ser registradas.

Horário eleitoral

Outro ponto abordado por Ismerim foi o horário eleitoral, que, segundo ele, é gratuito para evitar desigualdades diante da disparidade econômica do poder aquisitivo de cada candidato.

Depois de falar sobre o tempo de propaganda disponível no rádio e TV para governador (18 min.), deputado (17 min.) e senador (15 min.), Ismerim lembrou para a plateia que durante o período em que a campanha é liberada, algumas regras precisam ser cumpridas: a distância mínima de 200 metros para carros de som em relação a escolas e hospitais; publicidade estática (que não pode ultrapassar uma área de 4 metros quadrados) e a proibição do uso de trio elétrico e outdoors.

Por fim, Ismerim falou sobre o tema mais esperado da noite: o uso da Internet durante a campanha de 2010.



Segundo Ismerim, a legislação ainda é carente, mas muitas regras já estão definidas e deverão ser seguidas à risca pelos candidatos que não quiserem desembolsar mais de R$ 20 mil de multa.

Os portais de hospedagem, por exemplo, não poderão armazenar propagandas, lembrou ele. Para o advogado, a internet “é uma grande ferramenta, mas precisa saber qual camada vai atingir”. Ele se referiu ao perfil do público que normalmente usa a rede mundial para adquirir informações.

Poder e limite da internet nas eleições 2010


O jornalista Flávio Oliveira, o advogado especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim, a assessora de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral Cezaltina Lélis e o publicitário Maurício Carvalho concordaram que a prova máxima do poder da internet em uma eleição brasileira será dada no próximo dia 3 de outubro.

Essa expectativa se deve ao sucesso da eleição do presidente norte-americano Barack Obama, que utilizou essa ferramenta como principal meio de propaganda.

“A legalidade da internet ainda é um terreno muito árduo. É preciso que, na prática, as coisas comecem a acontecer para que o tribunal (TRE) tenha posição. Só para se ter uma idéia, muitas vezes o tribunal, às vésperas das eleições, faltando uns 15 dias, muda de posição em relação ao que está acontecendo. Então nós vamos enfrentar pela primeira vez isso para poder ver o que vai acontecer”, constata Ismerim.

Para disciplinar a propaganda virtual, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou a norma eleitoral que visa a utilização de sites e blogs pelos candidatos. Eles devem hospedar suas páginas em provedores nacionais e comunicar antecipadamente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que passará a monitorar suas publicações, como explicou Cezaltina Lélis.

Tratamento diferenciado

A assessora comemorou o fato de a justiça ter avançado com a sensibilidade de que a internet é um poderoso meio de comunicação e merece tratamento diferenciado dos demais veículos, mesmo que ainda seja restrita às classes sociais mais esclarecidas politicamente.

“A gente avançou este ano, levando em consideração que a Justiça Eleitoral julgava a internet como julgava o rádio e a televisão. Este ano, a justiça entendeu que quando o eleitor dá dois clicks para abrir um e-mail é porque quis ler. O mesmo não acontece com o rádio e a TV”, comemorou Cezaltina.

A norma eleitoral é rígida e responsabiliza o candidato por tudo o que for publicado sobre ele em blogs e sites particulres. Se um simpatizante criar um blog e publicar posts sucessivos com elogios, o dono pode ser punido, mas o político beneficiado também.

Denúncias e punições

“Quando tiver a denúncia e o tribunal for julgar, a primeira determinação do juiz é suspender a propaganda imediatamente. É fazer cessar seja lá onde for. Depois ela vai apurar quem foi que fez, que botou... Se o blog era seu, você será penalizado, mas o candidato também”, afirma Cezaltina.

E se o caso for o contrário: um blog for criado com intuito de denegrir um candidato? “Cabe ao candidato ofendido entrar com o pedido de direito de resposta. Abrir um blog para apoiar um candidato ou massacrar é o mesmo caso. Cabe direito de resposta e fechar”, disse o advogado Ademir Ismerim.

Ele esclarece que a nova resolução de propaganda diz que o prévio conhecimento agora se dará com a notificação administrativa. “Antes você ia direto à Justiça”, lembrou Ismerim.

O jornalista Flávio Oliveira destacou que os leitores de sites e blogs são mais exigentes em relação às matérias publicadas nos jornais impressos, o que demonstra que são politicamente mais conscientes.

Políticos na rede


Informar a agenda, ações do mandato e postar links de discursos em vídeo do YouTube. Esse é o principal uso do Twitter pelos políticos baianos.

O deputado ACM Neto, que já figurou entre os 10 mais seguidos do Twitter com 10.888 seguidores, aposta até no resultado do jogo do Bahia para dialogar com possíveis eleitores na rede. “A final, então, será Camaçari x Bahia...” é o poste que lança sem sucesso uma espécie de enquete.

Já em tom mais agressivo, como é de seu costume, Hilton Coelho alfineta adversários criticando modelos de governar. Apesar de ter sido cantando em um animado jingle na última eleição, Hilton não parece empolgar na rede e aparece com bem menos seguidores que seus opositores, apenas 244.

Mas ao que parece mesmo, os assessores de comunicação da maioria dos políticos baianos ainda não exploram as potencialidades das redes sociais. O senador César Borges, por exemplo, abalou as estruturas da política baiana ao preterir Jaques Wagner, anunciando apoio a Geddel Vieira Lima, no último dia 11.

Entretanto seu Twitter não trás uma vírgula sobre o assunto. E olhe que o senador ainda tem um perfil, porque, os ex-secretários do governo, que estarão na disputa em outubro, Walter Pinheiro e Nelson Pelegrino, sequer possuem uma página no site de relacionamento.

Candidatos ao governo já estão no twitter

A cada eleição a internet fica mais importante. Em 2010, pode até ser a ferramenta mais comentada, pelas novidades que trará. Mas talvez não seja a principal forma de "conquistar" o eleitor. Nas condições de 2010, a televisão ainda pode ser mais indispensável do que a internet, por mais amplas e diversificadas que sejam as ações na web e também pelo fato de as campanhas pela TV serem mais tradicionais.

Apesar das inúmeras lan houses espalhadas na Bahia, as pessoas pobres (maior parte da população baiana) têm mais fácil acesso à televisão do que à internet.

O uso da rede ficou mais evidenciado após o famoso caso  do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que usou bastante a internet para fazer propaganda eleitoral, inclusive utilizou o Twitter (em "ascenção" no meio internauta").

O Twitter pode ser um dos meios mais usados na campanha eleitoral deste ano. Pensando nisso, os candidatos ao cargo de Governador da Bahia já criaram o próprio Twitter, com exceção de Marcos Mendes (PSOL).

A seguir, uma breve informação de cada candidato no Twitter, com o respectivo link para acesso. Vale lembrar que Jacques Wagner tinha Twitter, mas foi suspenso, devido à propaganda eleitoral antecipada. Agora, o Twitter que existe é da Assessoria de Imprensa e tem 918 seguidores.

Geddel tem Twitter, mas os tweets estão protegidos, só podem ser vistos por seguidores. Geddel tem apenas 123 seguidores em seu perfil.

Paulo Souto costuma postar mensagens frequentemente em seu Twitter e é o candidato com maior número de seguidores, 1.611.

O deputado Bassuma, do PV tem 218 seguidores no Twitter.

A assessoria desses candidatos pode ser fundamental na eleição, a depender da forma que escolher para trabalhar a propaganda na internet, com a preocupação que se deve ter, para o plano não ter efeito contrário. Da mesma forma que pode ajudar, também pode prejudicar.

Orkut e Facebook são utilizados na campanha eleitoral

A crescente onda de comunicação virtual invadiu também o cenário político, e está se tornando uma importante aliada para os candidatos.Vale quase tudo na corrida eleitoral. Graças à nova legislação sancionada por Lula, em setembro passado, as redes de relacionamento, como Orkut e Facebook, assim como todos os outros meios de comunicação na internet, podem ser usados em prol das campanhas eleitorais.

De acordo com dados do Ibope - multinacional brasileira de pesquisa de mercado, o Orkut, da empresa Google, tem 73% de alcance da audiência no Brasil, enquanto a maior rede de relacionamento do mundo, Facebook, fica na terceira colocação, com 22% de alcance. As maiores redes de relacionamento do Brasil e do mundo, respectivamente, são ferramantas importantes para aproximar o candidato do eleitor, pois é possível transmitir pensamentos, divulgar promessas e fazer discussões em fóruns. Porém, oficialmente, os candidatos só poderão pedir votos a partir do dia 5 de julho, de acordo com a nova lei, e a propaganda gratuita eleitoral somente dois dias antes das eleições ou um dia depois.

No Orkut, as atualizações podem ser feitas no fórum da comunidade do partido ou do próprio candidato por um moderador, que pode ser a assessoria do político ou ele próprio. O candidato também pode ter um perfil, onde também pode postar fotos e vídeos. Já no Facebook, além de postar vídeos e imagens, as atualizações são instantêneas e aparecem na página de qualquer indivíduo que tenha o político como "amigo".

Maurício Carvalho: músico, matemático e marqueteiro

O publicitário Maurício Carvalho é conhecido no mercado como homem de sucesso, especialmente no Marketing Político. Formado em matemática e música, utiliza seus conhecimentos para criação de jingles para propagandas. O marketing político será tema de explanação de Maurício no Café com Prosa, nesta terça (13), às 19 h, na Faculdade Social da Bahia.

Maurício iniciou carreira publicitária na pequena agência MC7, em 1992. Três anos depois recebeu o título de Profissional do Ano no Prêmio Colunistas. Depois entrou na agência Idéia 3, e foi promovido a Diretor de Criação, onde hoje continua. Em 1998, ingressou na Propeg, também como Diretor Criativo.

Norma eleitoral e internet

A propaganda eleitoral é permitida a partir de 05/07, isso vale também para a utilização da internet pelos candidatos.

Segundo a Norma Eleitoral 23.191/10, é vedada a veiculação de propaganda em sites de pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos, assim como em sites oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração direta.

Os sites dos candidatos devem ser hospedados em provedores estabelecidos no Brasil. A norma abrange também os veículos dos partidos políticos, que publicarem material eleitoral.

É proibida a venda de cadastros eletrônicos dos assinantes a partidos políticos, por parte dos sites. As mensagens eletrônicas deve permitir, ao destinatário, seu descadastramento e isso deve ser providenciado no prazo de 24h.

A veiculação da propaganda eleitoral da Internet é permitida até 30/09, três dias antes das eleições.

Flávio Oliveira no Café com Prosa

O jornalista Flávio Oliveira será um dos convidados do Café com Prosa desta terça-feira,13 na Faculdade Social. Ele é formado em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom), editor de política do Jornal A Tarde e coordenador do Núcleo de Eleições do impresso.

Ganhou em 2003 o Prêmio Esso Regional de Jornalismo e o Prêmio Embratel de Jornalismo “Troféu Tim Lopes”, pela reportagem “Grampos ilegais na Bahia”. As matérias revelaram e divulgaram o escândalo da escuta telefônica clandestina na Bahia – a maior realizada no Brasil – e apresentaram ampla documentação comprobatória do crime praticado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado.

Foram mais de 110 reportagens de página inteira – das quais 45 foram manchete principal do jornal – publicadas a partir de 8 de fevereiro deste ano.

TRE-BA

O Tribunal Regional Eleitoral administra todo o processo eleitoral no que diz respeito ao alistamento de eleitores, apuração, julgamento de processos referentes à matéria eleitoral e diplomação dos candidatos eleitos, inclusive a realização de eleições.

Para as eleições de 2010 algumas campanhas de comunicação e parcerias já estão sendo realizadas, dentre elas está o convênio com faculdades. O projeto visa incentivar os estudantes universitários para participarem do projeto Eleitor do Futuro – Educação para a Cidadania – para ministrarem oficinas aos alunos entre 10 e 15 anos que compõem o público-alvo do programa. Outra iniciativa é o TRE Perto de Você 2010, que leva os serviços da Justiça Eleitoral aos bairros de Salvador.

Pensando na relação da nova mídia, a Internet, o TRE lançou em março de 2010 a nova sistemática de filiação partidária, de nome Filiaweb, permitindo o controle e a inserção de dados relativos à filiação pela Internet. A nova ferramenta vai possibilitar a entrega da listagem dos filiados, que antes era realizada pessoalmente nos cartórios eleitorais, e permitir que qualquer cidadão verifique a sua filiação e emita a certidão de filiação partidária respectiva.

Reforma eleitoral brasileira implementa novas regras para a internet

As comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado aprovaram, no dia 16 de setembro de 2009, a reforma eleitoral que regula o uso da Internet durante as campanhas eleitorais. Conforme noticiou, na época, o blog Jornalismo nas Américas.

A nova regulamentação foi motivo de polêmica porque iguala os meios de informação da web às emissoras de rádio e televisão. Portais, sites de notícias e blogs estão proibidos de divulgar opiniões ou comentários de qualquer natureza sobre os candidatos.

Senadores integrantes das duas comissões apresentaram emenda, na tentativa de acabar com a ideia de censura ao conteúdo opinativo da rede, no uso da internet durante o período eleitoral. “O You Tube seguirá as regras de TV”, disse o senador Eduardo Azevedo (PSDB-MG).

O que é direito eleitoral?

Trata-se do ramo do direito destinado ao estudo dos sistemas eleitorais e sua legislação. Em outras palavras, dedica-se ao estudo de normas e procedimentos que visam organizar e disciplinar o funcionamento do poder do voto popular, de modo que se estabeleça uma equação entre a vontade do povo e a atividade governamental.

Além de ainda não existir muita informação sobre o tema, a área ainda é pouco estudada nas universidades. No entanto, vem adquirindo nos últimos anos mais notoriedade e relevância na medida em que cresce a discussão sobre o espaço democrático no país.

Leia mais:

Verbete sobre direito eleitoral na Wikipedia
Conceito para direito eleitoral segundo o TSE
Blog Direito Eleitoral Brasileiro, escrito por uma especialista na área

Cobertura eleitoral e novas mídias viram tema de bate-papo no Café com prosa

Com o boom de novas mídias e de redes sociais, como Twitter e Orkut, a campanha e o pleito eleitoral deste ano ganham novos ares e desafiam os profissionais de comunicação a desenvolverem novas formas de difusão das idéias e propostas dos candidatos e, também, o poder público a assegurar igualdade de condições aos candidatos.

Também, surgem novas oportunidades de trabalho. Esse assunto palpitante entra em pauta no próximo dia 13 de abril, às 18h40min, na Sala Irmã Maria Alice, no Prédio Central da Faculdade Social, em Ondina, na mesa-redonda "Eleições, Novas Mídias e Redes Sociais", do projeto Café com Prosa. A entrada é franca.

São esperadas as participações da jornalista e assessora de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral Cezaltina Lélis; do publicitário Maurício Carvalho, da Idéia 3; e do advogado e especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim.

A idéia é discutir aspectos como os desafios da cobertura jornalística da campanha e eleição, a tendência de uso de novas mídias e redes sociais tanto para propaganda quanto para cobertura jornalística do segmento de política, as mudanças na legislação eleitoral e os preparativos de órgãos como o TRE para assegurar a cumprimento das normas vigentes, que regulam o uso de tecnologias para divulgação de propostas de candidatos.

Organizada pelas professoras Bárbara Souza e Mônica Celestino, a atividade é aberta à participação de estudantes e professores de graduação e pós-graduação, profissionais e pesquisadores da Faculdade Social da Bahia e de outras instituições.

As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas no dia e local do evento. Discussões dessa natureza ocorrem uma vez por mês, sempre com foco em um tema atual, relacionado à prática profissional e, também, de relevância científica. Outras informações podem ser obtidas na Coordenação do curso (tel. 4009-3692).

*Fonte: release do evento